“Rated R” (Deluxe Edition) – Queens Of The Stone Age
Parece que foi ontem que o NME elegeu o “Rated R”, segundo trabalho do Queens Of The Stone Age, o melhor álbum do ano 2000. No ano seguinte, a banda de Josh Homme veio pela primeira vez ao Brasil, para se apresentar na terceira edição do Rock in Rio. Pena que o público não estava muito a fim de assistir ao show. (E, verdade seja dita, o QOTSA também não estava nem um pouco a fim de fazer o show. A banda acabou ficando marcada pela atitude do baixista Nick Oliveri, que se apresentou pelado.) Dez anos se passaram, e agora chega às lojas a “Deluxe edition” de “Rated R”, que traz o álbum original remasterizado e mais uma penca de raridades. O álbum dispensa maiores apresentações. “Feel good hit of Summer”, “The lost art of keeping a secret”, “Monsters in the parasol” e “Lightning song” formam um conjunto coeso que, dificilmente, será superado pela banda. É o preço que se paga pela produção de uma pequena obra-prima. O que vale mesmo nessa edição especial é o segundo CD, que traz seis faixas gravadas para os singles do álbum, incluindo a pesadona “You’re so vague” (espécie de “homenagem” de Josh Homme à baba “You’re so vain”, de Carly Simon), a ótima versão para “Who’ll be the next in line” (do Kinks), “Ode to Clarissa” e uma versão ao vivo para “Monsters in the parasol”. E, por falar em versão ao vivo, a apresentação que o QOTSA fez no festival de Reading, em 2000, fecha essa edição especial. São apenas nove músicas da fase inicial da banda, como “Avon” e “Regular John”, as duas do auto-intitulado disco de estreia da banda, de 1998. Dá para ter uma boa ideia do show que os brasileiros não viram (e a banda não fez) no Rock in Rio 3.
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“Ária” – Djavan
Que Djavan é uma das maiores vozes do Brasil, ninguém discute. Que Djavan é um dos maiores compositores do Brasil, muita gente discute. Autor de pérolas da MPopB, como “Oceano” e “Linha do Equador”, Djavan vinha escorregando em seus últimos álbuns, como “Vaidade” (2004) e “Matizes” (2007). Três anos após o lançamento de seu último trabalho, o músico alagoano volta ao disco com um trabalho de intérprete. São doze canções escritas pela nata da Música Popular Brasileira, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Cartola, Antonio Carlos Jobim, Silas de Oliveira e Luiz Gonzaga. Ainda sobra espaço para as releituras de “Fly me to the moon” (de Bart Howard, eternizada na voz de Frank Sinatra), “La noche” (de Enrique Heredia Carbonell e Juan Jose Suarez Escobar) e “Nada a Nos Separar” (de Wayne Shanklin, em versão de Romeo Nunes). O resultado da mistura soa irregular, ainda que os pontos altos sejam mais numerosos do que os fracos. Nesse novo álbum, Djavan acertou ao retornar a um instrumental mais básico, com uma banda enxuta formada por Torcuato Mariano (violões e guitarra), André Vasconcellos (baixo) e Marcos Suzano (percussão). E isso fica claro nas ótimas versões de “Apoteose ao samba” e “Luz e mistério”, econômicas, com destaque para a voz de Djavan, que ainda reserva os melhores momentos do disco nas faixas de voz & violão (“Disfarça e chora” e “Brigas nunca mais”). Os escorregões acontecem nas versões dispensáveis de “Palco” (que, ao invés de classuda, que deve ter sido a intenção de Djavan, ficou sem graça, quando comparada à versão original de Gilberto Gil) e de “Oração ao tempo”, que perdeu muito sem a carga emotiva da gravação original de Caetano Veloso. Mas ninguém vai poder dizer que “Ária”, por ser composto somente de versões, é um álbum caça-níquel. Pelo contrário, Djavan soube colocar a sua personalidade em cada uma das 12 regravações. E talvez seja o seu melhor álbum nessa década.
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“Couldn’t stand the weather” (Legacy Edition) – Stevie Ray Vaughan
Stevie Ray Vaughan é daquele tipo de artista que deixou uma obra muito grande para uma carreira bastante curta. Quando surgiu, em 1983, com um dos melhores debut albuns ever (“Texas flood”), ele se transformou, rapidamente, de simples promessa em grande estrela. Já no ano seguinte, quando lançou “Couldn’t stand the weather”, SRV já poderia ser chamado de um dos maiores guitarrista do mundo. É verdade que o seu segundo álbum não é tão bom quanto o primeiro. A sonoridade, imposta por ele e pela sua inseparável banda Double Trouble, estava um pouco mais pop, como na faixa título. Mas outras canções, como a jazzy “Stang’s swang”, o blues “Cold shot” (de W. C. Clark) e a versão arrebatadora de “Voodoo child (Slight return)” (de Jimi Hendrix), dão a certeza de que “Couldn’t stand the weather” ainda deve ser apreciado 26 anos após o seu lançamento. Daí que essa “Legacy edition” é indispensável para os fãs do guitarrista. Além do álbum original remasterizado, o pacote de dois CDs traz 11 faixas gravadas na época de “Couldn’t stand the weather”, entre faixas já lançadas anteriormente, como “Little wing” (presente no álbum póstumo “The Sky is crying”, de 1991), e outras inéditas, como “Boot hill” e um take alternativo de “Stang’s swang”. Como se não bastasse, o segundo CD do pacote é dedicado a um show de SRV & Double Trouble, no dia 17 de agosto de 1984 (três meses após o lançamento do álbum de estúdio), no Spectrum de Montreal. Aí que o bicho pega. As 13 gravações são absolutamente inéditas. E é sempre possível encontrar coisas diferentes em regravações de clássicos como “Love struck baby”, “Pride and joy”, “Lenny” e “Testify”. Pelo jeito, o baú de Stevie Ray Vaughan é maior do que se podia imaginar. Carreira curta. Obra grande. Grandiosa, aliás.
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“Retirante” – Gilberto Gil
Lá fora é comum o lançamento de gravações inéditas de grandes artistas, quando estavam no início de carreira. Aqui no Brasil, o negócio é mais raro. E seria inexistente se não fosse o trabalho de pesquisadores obcecados por arquivos de gravadoras. Um desses pesquisadores é Marcelo Fróes, que, não bastasse ter lançado dois caixotes com a obra completa de Gilberto Gil (e mais uma tonelada de raridades), tira agora da manga o CD duplo “Retirante”, com as gravações de Gil antes da fama. Algumas dessas gravações já haviam sido lançadas na caixa “Palco” (2002), mas, em “Retirante” é possível enxergar um panorama mais organizado da obra de Gilberto Gil. E a conclusão é simples: a voz mudou, mas Gil sempre foi um excelente compositor. Mesmo quando quase ninguém o conhecia. A pré-história de Gilberto Gil começou a ser traçada em 1962, nas gravações registradas para compactos de 78rpm pela JS Discos, de propriedade de Jorge Santos, locutor da Rádio Excelsior de Salvador. Dessas gravações, destaca-se “Serenata do Teleco-Teco”, tentativa de Gil (sem cerimônia alguma) de soar parecido com (ou igual a) João Gilberto. Além das gravações feitas para a JS, o primeiro CD traz raridades que só haviam sido lançadas em compactos ou álbuns coletivos, como “Felicidade vem depois” (considerada pelo próprio Gil a sua primeira composição), gravada para um disco idealizado pela antiga revista O Bondinho. Mas o recheio do bolo de “Retirante” está mesmo no segundo CD, que traz a íntegra de sua primeira fita demo, gravada apenas com voz & violão, no escritório da editora musical Arlequim, no início de 1966. Dentre as 18 canções (com qualidade de áudio bem razoável), vale destacar coisas que depois ficariam conhecidas (como “Ensaio geral”, “Beira-mar” e “Minha senhora”), além das inéditas (sim inéditas até hoje!) “Rancho da boa vinda”, “A última coisa bonita”, “Me diga moço” e “Retirante”. De lambuja, o disco ainda traz as primeiras gravações autorais de Gilberto Gil para “Vento de maio”, “Meu choro pra você”, “Zabelê” e “Ninguém dá o que não tem”. Obrigatório!
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“Greatest hits live” – The Who
Sempre pelos palcos, mas sem muita ideia para gravar músicas novas, o The Who lançou o CD duplo “Greatest hits live”, que faz um apanhado de sua carreira, de 1965 a 2009. O CD 1 é dedicado a fase áurea da banda inglesa, com a sua formação original (Roger Daltrey nos vocais, Keith Moon na bateria, Pete Townshend na guitarra, e John Entwistle no baixo), com clássicos como “Substitute” (gravado em dezembro de 1971, no San Francisco Civic Auditorium), “Won’t get fooled again” (em Largo, no mês de dezembro de 73) e um medley fantástico que abarca “Naked eye”, “Let’s see action” e “My generation” (em 1974, no estádio do Charlton, em Londres). Todas essas gravações, apesar de raras, podem ser encontradas em bootlegs da banda que têm a rodo por aí. Outras chegaram a fazer parte de lançamentos oficiais do conjunto, como “Magic bus” (do “Live at Leeds”, de 1970) e “My generation” (do “BBC Sessions”, com gravações de 1965, lançado em 2000). O segundo CD começa em 1989, com cinco faixas gravadas durante a turnê de 1989, em show realizado em Los Angeles, e lançado em CD duplo à época (“Join together”, de 1990). Quatro gravações, já dos anos 00, fecham o CD, incluindo uma versão poderosa de “Eminence front”, no Brisbane Entertainment Centre, em 2009, durante a última turnê da banda. Para quem não tiver nada ao vivo do The Who, “Greatest hits live” pode ser uma boa pedida. Mas nada supera o essencial “Live at Leeds”, de 1970.
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Abaixo, a faixa “Fly me to the moon”, de Bart Howard, na voz de Djavan:
Parece que foi ontem que o NME elegeu o “Rated R”, segundo trabalho do Queens Of The Stone Age, o melhor álbum do ano 2000. No ano seguinte, a banda de Josh Homme veio pela primeira vez ao Brasil, para se apresentar na terceira edição do Rock in Rio. Pena que o público não estava muito a fim de assistir ao show. (E, verdade seja dita, o QOTSA também não estava nem um pouco a fim de fazer o show. A banda acabou ficando marcada pela atitude do baixista Nick Oliveri, que se apresentou pelado.) Dez anos se passaram, e agora chega às lojas a “Deluxe edition” de “Rated R”, que traz o álbum original remasterizado e mais uma penca de raridades. O álbum dispensa maiores apresentações. “Feel good hit of Summer”, “The lost art of keeping a secret”, “Monsters in the parasol” e “Lightning song” formam um conjunto coeso que, dificilmente, será superado pela banda. É o preço que se paga pela produção de uma pequena obra-prima. O que vale mesmo nessa edição especial é o segundo CD, que traz seis faixas gravadas para os singles do álbum, incluindo a pesadona “You’re so vague” (espécie de “homenagem” de Josh Homme à baba “You’re so vain”, de Carly Simon), a ótima versão para “Who’ll be the next in line” (do Kinks), “Ode to Clarissa” e uma versão ao vivo para “Monsters in the parasol”. E, por falar em versão ao vivo, a apresentação que o QOTSA fez no festival de Reading, em 2000, fecha essa edição especial. São apenas nove músicas da fase inicial da banda, como “Avon” e “Regular John”, as duas do auto-intitulado disco de estreia da banda, de 1998. Dá para ter uma boa ideia do show que os brasileiros não viram (e a banda não fez) no Rock in Rio 3.
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“Ária” – Djavan
Que Djavan é uma das maiores vozes do Brasil, ninguém discute. Que Djavan é um dos maiores compositores do Brasil, muita gente discute. Autor de pérolas da MPopB, como “Oceano” e “Linha do Equador”, Djavan vinha escorregando em seus últimos álbuns, como “Vaidade” (2004) e “Matizes” (2007). Três anos após o lançamento de seu último trabalho, o músico alagoano volta ao disco com um trabalho de intérprete. São doze canções escritas pela nata da Música Popular Brasileira, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Cartola, Antonio Carlos Jobim, Silas de Oliveira e Luiz Gonzaga. Ainda sobra espaço para as releituras de “Fly me to the moon” (de Bart Howard, eternizada na voz de Frank Sinatra), “La noche” (de Enrique Heredia Carbonell e Juan Jose Suarez Escobar) e “Nada a Nos Separar” (de Wayne Shanklin, em versão de Romeo Nunes). O resultado da mistura soa irregular, ainda que os pontos altos sejam mais numerosos do que os fracos. Nesse novo álbum, Djavan acertou ao retornar a um instrumental mais básico, com uma banda enxuta formada por Torcuato Mariano (violões e guitarra), André Vasconcellos (baixo) e Marcos Suzano (percussão). E isso fica claro nas ótimas versões de “Apoteose ao samba” e “Luz e mistério”, econômicas, com destaque para a voz de Djavan, que ainda reserva os melhores momentos do disco nas faixas de voz & violão (“Disfarça e chora” e “Brigas nunca mais”). Os escorregões acontecem nas versões dispensáveis de “Palco” (que, ao invés de classuda, que deve ter sido a intenção de Djavan, ficou sem graça, quando comparada à versão original de Gilberto Gil) e de “Oração ao tempo”, que perdeu muito sem a carga emotiva da gravação original de Caetano Veloso. Mas ninguém vai poder dizer que “Ária”, por ser composto somente de versões, é um álbum caça-níquel. Pelo contrário, Djavan soube colocar a sua personalidade em cada uma das 12 regravações. E talvez seja o seu melhor álbum nessa década.
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“Couldn’t stand the weather” (Legacy Edition) – Stevie Ray Vaughan
Stevie Ray Vaughan é daquele tipo de artista que deixou uma obra muito grande para uma carreira bastante curta. Quando surgiu, em 1983, com um dos melhores debut albuns ever (“Texas flood”), ele se transformou, rapidamente, de simples promessa em grande estrela. Já no ano seguinte, quando lançou “Couldn’t stand the weather”, SRV já poderia ser chamado de um dos maiores guitarrista do mundo. É verdade que o seu segundo álbum não é tão bom quanto o primeiro. A sonoridade, imposta por ele e pela sua inseparável banda Double Trouble, estava um pouco mais pop, como na faixa título. Mas outras canções, como a jazzy “Stang’s swang”, o blues “Cold shot” (de W. C. Clark) e a versão arrebatadora de “Voodoo child (Slight return)” (de Jimi Hendrix), dão a certeza de que “Couldn’t stand the weather” ainda deve ser apreciado 26 anos após o seu lançamento. Daí que essa “Legacy edition” é indispensável para os fãs do guitarrista. Além do álbum original remasterizado, o pacote de dois CDs traz 11 faixas gravadas na época de “Couldn’t stand the weather”, entre faixas já lançadas anteriormente, como “Little wing” (presente no álbum póstumo “The Sky is crying”, de 1991), e outras inéditas, como “Boot hill” e um take alternativo de “Stang’s swang”. Como se não bastasse, o segundo CD do pacote é dedicado a um show de SRV & Double Trouble, no dia 17 de agosto de 1984 (três meses após o lançamento do álbum de estúdio), no Spectrum de Montreal. Aí que o bicho pega. As 13 gravações são absolutamente inéditas. E é sempre possível encontrar coisas diferentes em regravações de clássicos como “Love struck baby”, “Pride and joy”, “Lenny” e “Testify”. Pelo jeito, o baú de Stevie Ray Vaughan é maior do que se podia imaginar. Carreira curta. Obra grande. Grandiosa, aliás.
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“Retirante” – Gilberto Gil
Lá fora é comum o lançamento de gravações inéditas de grandes artistas, quando estavam no início de carreira. Aqui no Brasil, o negócio é mais raro. E seria inexistente se não fosse o trabalho de pesquisadores obcecados por arquivos de gravadoras. Um desses pesquisadores é Marcelo Fróes, que, não bastasse ter lançado dois caixotes com a obra completa de Gilberto Gil (e mais uma tonelada de raridades), tira agora da manga o CD duplo “Retirante”, com as gravações de Gil antes da fama. Algumas dessas gravações já haviam sido lançadas na caixa “Palco” (2002), mas, em “Retirante” é possível enxergar um panorama mais organizado da obra de Gilberto Gil. E a conclusão é simples: a voz mudou, mas Gil sempre foi um excelente compositor. Mesmo quando quase ninguém o conhecia. A pré-história de Gilberto Gil começou a ser traçada em 1962, nas gravações registradas para compactos de 78rpm pela JS Discos, de propriedade de Jorge Santos, locutor da Rádio Excelsior de Salvador. Dessas gravações, destaca-se “Serenata do Teleco-Teco”, tentativa de Gil (sem cerimônia alguma) de soar parecido com (ou igual a) João Gilberto. Além das gravações feitas para a JS, o primeiro CD traz raridades que só haviam sido lançadas em compactos ou álbuns coletivos, como “Felicidade vem depois” (considerada pelo próprio Gil a sua primeira composição), gravada para um disco idealizado pela antiga revista O Bondinho. Mas o recheio do bolo de “Retirante” está mesmo no segundo CD, que traz a íntegra de sua primeira fita demo, gravada apenas com voz & violão, no escritório da editora musical Arlequim, no início de 1966. Dentre as 18 canções (com qualidade de áudio bem razoável), vale destacar coisas que depois ficariam conhecidas (como “Ensaio geral”, “Beira-mar” e “Minha senhora”), além das inéditas (sim inéditas até hoje!) “Rancho da boa vinda”, “A última coisa bonita”, “Me diga moço” e “Retirante”. De lambuja, o disco ainda traz as primeiras gravações autorais de Gilberto Gil para “Vento de maio”, “Meu choro pra você”, “Zabelê” e “Ninguém dá o que não tem”. Obrigatório!
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“Greatest hits live” – The Who
Sempre pelos palcos, mas sem muita ideia para gravar músicas novas, o The Who lançou o CD duplo “Greatest hits live”, que faz um apanhado de sua carreira, de 1965 a 2009. O CD 1 é dedicado a fase áurea da banda inglesa, com a sua formação original (Roger Daltrey nos vocais, Keith Moon na bateria, Pete Townshend na guitarra, e John Entwistle no baixo), com clássicos como “Substitute” (gravado em dezembro de 1971, no San Francisco Civic Auditorium), “Won’t get fooled again” (em Largo, no mês de dezembro de 73) e um medley fantástico que abarca “Naked eye”, “Let’s see action” e “My generation” (em 1974, no estádio do Charlton, em Londres). Todas essas gravações, apesar de raras, podem ser encontradas em bootlegs da banda que têm a rodo por aí. Outras chegaram a fazer parte de lançamentos oficiais do conjunto, como “Magic bus” (do “Live at Leeds”, de 1970) e “My generation” (do “BBC Sessions”, com gravações de 1965, lançado em 2000). O segundo CD começa em 1989, com cinco faixas gravadas durante a turnê de 1989, em show realizado em Los Angeles, e lançado em CD duplo à época (“Join together”, de 1990). Quatro gravações, já dos anos 00, fecham o CD, incluindo uma versão poderosa de “Eminence front”, no Brisbane Entertainment Centre, em 2009, durante a última turnê da banda. Para quem não tiver nada ao vivo do The Who, “Greatest hits live” pode ser uma boa pedida. Mas nada supera o essencial “Live at Leeds”, de 1970.
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Abaixo, a faixa “Fly me to the moon”, de Bart Howard, na voz de Djavan: