12 de mai. de 2010

Jamelão, Burt Bacharach, Steve Winwood, Bebel, Hendrix, Stones, Didi, Clash, Limp Bizkit, The National. MGMT, Brandon Flowers, Green Day

Green Day tocando Rolling Stones? Aguenta quantos segundos?



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Mais uma do The National: saca só o vídeo de promoção do show deles que será transmitido via YouTube. Engraçado que vendo o The National hoje, imagino a banda com a mesma integridade e coerência (alô, Dunga!) daqui a 20 anos. Que nem um grupinho aí chamado R.E.M., não por acaso, um dos maiores da atualidade.



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Esse texto poderia ter saído da minha cabeça. Concordo com cada vírgula. Acho que só trocaria o "Dirty Deeds Done Dirt Cheap" pelo "A night at the opera", do Queen.

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Estão dizendo por aí que o primeiro álbum solo do Brandon Flowers, que vai se chamar "Flamingo", terá a produção de Stuart Price (responsável pelo "Day & age", do The Killers), Brendan O'Brien (Pearl Jam, Bruce Springsteen, AC/DC, entre outros) e Daniel Lanois (U2 e, principalmente, o clássico dos clássicos "Time out of mind", do Bob Dylan). Eu jurava que não ia perder mais de três minutos e meio com esse álbum, mas agora vou ouvi-lo com mais atenção. E se "Flamingo" for ruim, mesmo com esse time de produtores, eu não terei mais dúvidas que o The Killers é um dos maiores engodos dos últimos tempos.

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O MGMT tocou ontem no David Letterman. Quer ver?



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RIP, Bob Mercer.

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Eu nem sei se já havia postado esse vídeo aqui. Mas "Blood buzz Ohio", do The National, para mim, já é a música do ano. Até agora, "High violet", o novo álbum deles, que chegou às lojas britânicas na segunda pessada, já é o terceiro mais vendido por lá.



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A quem interessar possa - e a mim não interessa nem um pouco - foi revelada hoje a capa do novo álbum do Limp Bizkit, "Gold cobra", que sai em setembro. Está aí em cima.

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Alguém aqui quer comprar a casa do Truman Capote? Será que a inspiração de "A sangue frio" e "Bonequinha de luxo" está incluída no preço?

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Ontem eu estava ouvindo, pela milionésima vez, o álbum "London calling", do The Clash. Tenho em K7, vinil e duas versões em CD. Recentemente comprei a terceira, que é a edição comemorativa de 30 anos. O atrativo é o DVD bônus com um documentário. Vou dizer que vale a pena. Em mais ou menos 35 minutos, os integrantes da banda destrincham o álbum, de sua concepção até a clássica foto da capa (e suas relações com a capa do primeiro disco de Elvis Presley). Uma boa aula que seria muito bem vinda aos fãs do punk de boutique do Green Day. Além do documentário, que se chama "The last testament" (conforme explicado no vídeo, esse seria o título original de "London calling"), há imagens das gravações (especialmente do produtor Guy Stevens destruindo cadeiras de plástico) e vídeos de "Train in vain", "London calling" e "Clampdown". No encarte, uma observação curiosa: "Este DVD não contém legendas em português". Não é verdade. O documentário e os extras possuem legendas não só em português, como em inglês. Estou cansado de ver as gravadoras se "esquecerem" de avisar que determinado DVD não tem legenda. Mas nunca vi dizer que não tem legenda quando, na verdade, tem. Na certa, ninguém na Sony Music se deu ao trabalho de colocar o vídeo no DVD-player e ver se realmente tem legenda. Não sei o que é pior: omitir uma informação ou o desleixo.

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Agora, falando um pouquinho de futebol. No dia 12 de maio de 2001, morreu Valdir Pereira. Ou o "princípe etíope". Ou, simplesmente, Didi. Eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil faturou o seu primeiro título mundial, Didi também foi campeão no Chile, em 1962, e inventou o famoso chute "folha-seca". Na final da Copa de 58, a cena mais emblemática foi protagonizada pelo jogador, quando, logo após a seleção brasileira levar o primeiro gol, antes dos cinco minutos de jogo, Didi apanhou a bola no fundo da rede e caminhou calmamente até o meio de campo. Ele já devia saber que o Brasil seria campeão. A imprensa estrangeira, durante a Copa, apelidou Didi de "Mr. Football". Didi jogou no Botafogo, no Fluminense, no Real Madri, e foi técnico da seleção do Peru, durante o Mundial do México.



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Já "Exile on main st.", dos Rolling Stones, completa 38 anos hoje. Lançado a 12 de maio de 1972, o álbum é um dos mais cultuados da carreira da banda britânica. Para conhecer bem o disco, recomendo o livro "Uma temporada no inferno com os Rolling Stones", de Robert Greenfield, que, em 240 páginas, conta toda a história da gravação desse clássico, que tem entre as suas faixas coisas como "Rocks off", "Tumbling dice", "Sweet Virginia", "Happy", "All down the line" e "Shine a light". Sobre o álbum, o guitarrista Mick Taylor disse: "Acho que era só um bando de músicos chapados amontoados em um porão, tentando fazer um disco". Simples assim.

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E hoje dois grandes álbuns de rock fazem aniversário. O primeiro é "Are you experienced",de Jimi Hendrix. O disco de estreia do guitarrista foi lançado em 1967, e sente só as faixas: "Foxy lady", "Manic depression", "Red house", "Can you see me", "Love or confusion", "I don't live today", "May this be love", "Fire", "Third stone from the sun", "Remember" e "Are you experienced?". Precisa dizer mais alguma coisa? Faça um favor a si mesmo. Vá ouvir o álbum agora. É o que estou fazendo.

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Hoje também é dia de Bebel Gilberto soprar as velinhas. A cantora, filha de João Gilberto e de Miúcha, e que colocou a sua voz em músicas como "Bim Bom" (de seu pai), "Chica Chica Boom Chic" (de Harry Warren e Mack Gordon) e "So nice", versão em inglês para "Samba de verão", dos irmãos Paulo Sérgio e Marcos Valle. Vale mencionar também que Bebel é co-autora (juntamente com Cazuza e Dé Palmeira) de "Preciso dizer que te amo", uma das músicas de amor mais bonitas do país.



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Quem também faz aniversário hoje é o guitarrista e tecladista Steve Winwood, que fez parte de bandas como Traffic, Spencer Davis Group e Blind Faith. Ele também gravou com artistas como Marianne Faithfull, David Gilmour, Paul Weller, George Harrison e Billy Joel. Entre as suas composições estão "Hard to cry today", "Pearly queen", "No face, no name, no number" (essas duas últimas com Jim Capaldi), "Split decision" (com Joe Walsh) e, claro, "Can't find my way home".



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E quem completa 82 anos é o grande maestro e compositor Burt Bacharach. Ex-pianista da banda de Marlene Dietrich, Bacharach teve as suas canções interpretadas por meio mundo, como Aretha Franklin, Dusty Springfield e Dionne Warwick. E que canções são essas? "The look of love", "Alfie", "(They long to be) Close to you", "Walk on by", "Raindrops keep falling on my head", "What's new, pussycat", "What the world needs now is love"... E mais dezenas, dezenas e dezenas... Parabéns, Burt!



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Bom, e para hoje, dia 12 de maio? O que é que tem, hein? Além do dia do enfermeiro (uma profissão que, a cada dia que passa, ganha mais a minha admiração), hoje comemoramos o nascimento do maior puxa... (ops, puxador é "quem puxa carro ou puxa fumo", já dizia o próprio), intéprete de samba na avenida da história. Mangueirense até o fundo da alma, além dos sambas de sua escola, Jamelão interpretou canções de autoria própria, como "Quem samba fica" (parceria com Tião Motorista) e "Eu agora sou feliz" (com Mestre Gato). Jamelão nasceu em 1913. Salve ele!



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Bom dia, pessoal! E a convocação do Dunga, o patriótico que vende cerveja, hein? Já deu né? Não vou falar nada aqui sobre isso, até mesmo porque não entendo nada de nada, muito menos de futebol. Fico apenas com as palavras de Tostão, hoje, na Folha de S.Paulo. Assino embaixo de cada palavra do Mestre: "O Brasil já está definido, na estratégia, no esquema tática e praticamente na escalação. Não gosto de seleções prontas com antecedência. As grandes seleções são as que se tornam grandes durante a competição. Surpreendem e encantam." Eu só digo uma coisa: prefiro rever o Brasil x Itália de 1982, mesmo com a eliminação do Brasil, do que o Brasil x Itália de 1994, aquele jogo chatérrimo que o Brasil ganhou nos pênaltis, e tinha como seu "maestro" um tal de... Ah, deixa pra lá o nome desse cara.

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